quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Empresas de ônibus da Zona Oeste deixam de pagar uma em cada quatro multas da prefeitura

Veículos foram encontrados em péssimo estado de conservação

Quase uma em cada quatro multas (23%) aplicadas pela Prefeitura do Rio ao Consórcio Santa Cruz venceu sem ser paga, segundo dados da Secretaria municipal de Transportes. O consórcio, que opera as linhas de ônibus da Zona Oeste e do qual fazia parte a Viação Algarve — que faliu esta semana — é o primeiro em punições, acumulando 11.758 sanções entre 2010 e 2015, no valor de R$ 8,1 milhões.
As multas aplicadas ao consórcio praticamente equivalem ao montante do Internorte e do Transcarioca. Já as vencidas e não pagas correspondem a praticamente uma vez e meia o montante do Consórcio BRT.
Segundo a SMTR, as cerca de 30 mil multas aplicadas aos consórcios são por infrações ao Código Disciplinar dos Ônibus. Ainda segundo a secretaria, a má prestação do serviço fere um dos itens da cláusula nona do contrato de concessão: operar serviços de forma a garantir regularidade, continuidade, eficiência e conforto aos usuários.
Entre 2011 e 2015, foram aplicadas cinco multas contratuais aos consórcios, por este motivo, no valor de R$ 11.218.240,72, a maioria ao Consórcio Santa Cruz, que pagou 65%, recorre de 6% das sanções, tendo conseguido cancelar 1%. Outras 4% estão dentro do prazo para serem pagas.
A Secretaria de Transportes informou que com multas vencidas, os veículos não podem ser vistoriados. Os consórcios também podem ser inseridos na Dívida Ativa e ficar impedidas de participar de licitações públicas. Como último recurso, a prefeitura pode ainda recorrer à garantia contratual, que é o recolhimento de 2% dos investimentos feitos pelos consórcios para operar o sistema.
Respostas
Em relação às multas vencidas, os consórcios Internorte, Intersul, Santa Cruz e Transcarioca esclareceram que estão em processo de regularização com a SMTR para que inclusive as residuais das cinco consorciadas que paralisaram suas atividades, entre elas a Algarve, sejam revistas e pagas.
Segundo o Rio Ônibus e a SMTR, as 22 linhas estão sendo operadas em conjunto pelas empresas do Consórcio Santa Cruz. Segundo a secretaria, a fiscalização mostra que o plano emergencial está garantindo a mobilidade dos usuários. Paralelamente, técnicos do órgão analisam o plano de contingência.
Sobre a decisão da Justiça obrigando as empresas a devolverem o desconto de 50% do IPVA concedido em 2014, o Rio Ônibus diz que aguarda a orientação do governo do estado sobre o assunto, seguindo os trâmites da ação.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/empresas-de-onibus-da-zona-oeste-deixam-de-pagar-uma-em-cada-quatro-multas-da-prefeitura-18549668.html#ixzz3yU86jMk4

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