segunda-feira, 4 de junho de 2018

Apesar de promessa do prefeito, estações do BRT seguem fechadas

Na estação Cesarão II, havia um caveirão com um policial

Quatro dias após o prefeito Marcelo Crivella anunciar que o BRT voltaria a rodar na Avenida Cesário de Melo, as 22 estações do eixo que liga Campo Grande a Santa Cruz continuam fechadas. Além disso, o policiamento no corredor Transoeste foi reduzido nos últimos dias.
Na última quarta-feira, após o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, revelar que cinco estações da região tinham sido dominadas pelo tráfico, a Polícia Militar designou equipes para patrulharem cada uma delas. Já neste domingo, apenas três estações continuavam com policiamento reforçado.
Em frente à estação Cesarão II, havia um caveirão parado e com a porta aberta. Dentro do blindado, um policial militar sentado com as pernas para fora olhava para baixo, mexendo no celular. Já na estação Três Pontes, havia um carro da PM com dois agentes que estavam de pé, lado a lado, encostados na parte traseira do carro e de costas para a plataforma. A terceira estação com presença de policiais era a Cesarão I, onde também havia um carro com uma dupla de policiais.
Quem percorre o eixo Cesário de Melo percebe que as estações estão todas e com as portas abaixadas. Apesar disso, em algumas delas é possível ver a movimentação de moradores de rua, que entram através dos vidros quebrados. Três estações, apesar de fechadas, ainda contam com funcionários em seu interior: São Jorge, Icurana e Parque São Paulo. Não há movimento de articulados nesse trecho do corredor.
Em nota, o consórcio BRT confirma que permanece suspenso o atendimento ao público nas estações da avenida que liga Santa Cruz a Campo Grande. “A equipe de infraestrutura está realizando um levantamento dos materiais e equipamentos necessários para a reabertura das estações do eixo da Avenida Cesário de Melo", diz o consórcio.
Na mesma entrevista coletiva em que prometeu a retomada da circulação dos articulados na Avenida Cesário de Melo, na semana passada, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que negocia com o consórcio que administra o corredor expresso uma contrapartida ao reajuste das tarifas de ônibus. Segundo Crivella, um projeto de segurança, nos moldes do programa Segurança Presente, será implantado no sistema de veículos articulados. Na ocasião, o prefeito disse que o programa seria implantado nos próximos dias. Até agora, no entanto, ainda não há qualquer detalhamento sobre o projeto ou previsão para que a promessa se torne, de fato, realidade.
A assessoria de comunicação da SMTR informou, por telefone, que a suspensão da circulação dos articulados no trecho da Avenida Cesário de Melo se deu diante de situações atípicas, provocadas pela greve dos caminhoneiros. No entanto, caso o atendimento à população continue suspenso, as empresas que formam o consórcio estarão sujeitas às sanções previstas em contrato sobre a manutenção do serviço.
Já a Prefeitura do Rio disse que o Consórcio BRT garantiu ao prefeito Marcelo Crivella que, a partir desta segunda-feira, dia 4, colocará em ação um plano de contingência para operar o Corredor Transoeste, no trecho da Cesário de Melo, cujas estações estão fechadas por conta do vandalismo e da falta de segurança. A partir do meio-dia, será Implementada a linha 5805 (Campo Grande x Santa Cruz), operando em paralelo ao corredor Transoeste, com ônibus urbano. O Consórcio BRT faz um levantamento dos materiais e equipamentos necessários para a recuperação das estações que foram depredadas nesse trecho.

Crivella anuncia R$ 700 mil para segurança no BRT

Corredor Transoeste está fechado há 10 dias por falta de segurança



Por O Dia
RIO - Sem citar os problemas no Corredor Transoeste do BRT, cujo eixo da Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, está fechado há 10 dias, por falta de segurança, o prefeito Marcelo Crivella anunciou investimento de R$ 700 mil mensais para proteger os trajetos dos ônibus, "sobretudo em áreas mais remotas".
Segundo Crivella, o projeto vai ter a parceria da Polícia Militar e da Guarda Municipal. A verba será disponibilizada pela prefeitura e pelo sindicato das empresas, mas o prefeito não detalhou como vai ser a divisão. Procurado, o Rio-Ônibus não se manifestou.
Por sua vez, o Consórcio BRT afirmou, ontem, que ainda não há previsão para que o eixo da Cesário de Melo, que tem 22 estações, volte a funcionar. O consórcio alega que está fazendo levantamento dos estragos para realizar os reparos mínimos necessários à garantia de segurança para passageiros e funcionários. Alvo constante de vândalos, o BRT teve as estações invadidas por traficantes, durante a greve dos caminhoneiros, quando o sistema foi suspenso por falta de combustível. Os bandidos fizeram das estações em ponto de venda de drogas.

Fonte: 
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/06/5545739-r-700-mil-para-pms-no-brt.html

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Crivella anuncia que BRT terá aumento de tarifa e sistema de segurança nos próximos dias

A estação Cesarão III é uma das 22 ao longo da Avenida Cesário de Melo que estão fechadas



O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou nesta quarta-feira, que negocia com o consórcio BRT um aumento no valor da passagem e, como contrapartida, será implantado nos próximos dias um sistema de segurança no corredor expresso, aos moldes do Segurança Presente. Em função da violência, cerca de 20 estações entre Cesarão I e Campo Grande,a Zona Oeste, não puderam voltar a funcionar.
- O BRT está trabalhando nesta quarta-feira com 70% da sua capacidade e volta a rodar na Avenida Cesário de Melo ainda hoje. Havia denúncias do diretor de operações do BRT de problemas de drogas nas estações. As ações que foram feitas hoje não verificaram isso, mas as estações estão completamente depredadas. A Polícia Militar colocou uma viatura em cada estação - disse Crivella.
O secretário da Casa Civil do município do Rio, Paulo Messina, denunciou nesta terça-feira que cinco estações do BRT entre Cesarão I e Campo Grande foram tomadas pelo tráfico, que instalou no local cavaletes para vender drogas. Segundo ele, o relato foi feito pelo diretor de operações do corredor expresso durante reunião do Centro de Operações da prefeitura.
De acordo com o prefeito, a atuação do tráfico na região e a falta de segurança no transporte fizeram parte de negociações que a prefeitura mantém com as empresas de ônibus desde o ano passado.
- Estamos negociando com o sistema de ônibus desde o ano passado o aumento da tarifa. Desde aquela época, está sendo discutido um sistema de segurança para o BRT. Queremos ter policiais e guardas municipais que possam trabalhar conosco nas suas folgas, tipo o Centro Presente, Rio mais Seguro. Vamos implementar isso nos próximos dias - garantiu Crivella, sem dar detalhes se os agentes vão atuar apenas nas estações ou dentro dos veículos e se trabalharão armados.
O prefeito afirmou que o novo sistema de segurança não vai impactar no aumento do valor da passagem:
- Parte do reajuste será usado para a segurança no BRT. O aumento será feito com uma fórmula paramétrica, existe também um ganho extra que as empresas tiveram durante as Olimpíadas e há também a situação de o Rio de Janeiro ter perdido 500 mil empregos com carteira assinada. O Rio Ônibus tem 80% de suas passagens vendidas para as empresas, então foi uma queda enorme para essas empresas.
Sem citar valores, Crivella informou que "o preço da passagem no Rio será ainda mais barato do que o praticado nas cidades ao redor".
Rio sai do estágio de atenção
Após reunião com representantes das secretaria da Casa Civil, Educação, Saúde, Transporte, Conservação e Meio Ambiente, Comlurb, CET-Rio, BRT e Rio Ônibus, no Centro de Operações da prefeitura, Crivella afirmou que a cidade retornou ao estágio de normalidade, uma vez que não há mais impactos severos nas operações da cidade em decorrência dos bloqueios que existiam em rodovias de acesso ao Rio.
O estágio de atenção vigorava desde as 16h30 do dia 25 de maio, por conta dos problemas no funcionamento dos serviços de infraestrutura urbana, em especial na área de transportes, devido às restrições causadas pelos protestos de caminhoneiros.

Prefeitura afirma que cinco estações do BRT na Zona Oeste foram dominadas pelo tráfico

Estação Cesarão I, localizada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio (Arquivo)

Cinco estações do BRT entre Cesarão 1 e Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foram tomadas pelo tráfico. A denúncia foi feita pelo secretário da Casa Civil da prefeitura do Rio, Paulo Messina, durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira no Centro de Operações Rio (COR). Com isso, essas estações não foram reabertas e seguem com as atividades suspensas até que a Segurança do Estado retome o controle das cinco estações do BRT.
— É algo gravíssimo. Não podemos deixar acontecer. Já estamos pedindo socorro imediato. O crime se aproveitou do momento em que o BRT não funcionou, no último sábado, para tomar o poder. Isso é inaceitável, e nós precisamos reagir — comentou.
Segundo Messina, após a falta de combustíveis provocada pela greve de caminhoneiros, o BRT não consegue voltar a circular normalmente na Zona Oeste por problemas de segurança. O secretário afirmou que as estações viraram "quiosques do tráfico de drogas".
— O poder público perdeu o controle dali. Já criamos um grupo de trabalho para pedir auxílio às forças de segurança. Precisamos desse socorro, temos certeza que elas vão nos ajudar. As denúncias falam sobre traficantes ameaçando os funcionários do BRT, ficando impossível das estações operarem — afirmou Messina em relação ao trecho da Transoeste.
Messina recorreu ao secretário municipal de Ordem Pública, coronel Paulo Amendola, e ao secretário municipal de Transportes, coronel Diógenes Dantas Filho, que pediram a ação das forças de segurança.
Ainda de acordo com Messina, os veículos do BRT estão rodando na região da Avenida Cesário de Melo sob ordem do tráfico e são obrigados a parar na estação sob ameaça dos traficantes. Alguns ônibus foram alvos de pedras ao passar pelos terminais.
— Uma parte (da frota) roda e eles são obrigados a parar nas estações. Caso contrário, o tráfico joga pedra, atira. Os funcionários estão sofrendo ameaças. Está gravíssima a situação por lá — afirmou o secretário.
Procurados pelo EXTRA, a Secretaria de Segurança do Rio e o Comando Militar do Leste ainda não responderam aos questionamentos. No entanto, nas redes sociais, a Polícia Militar afirma que esteve nas estações do BRT citadas por Messina. "Não foram encontrados criminosos ocupando os locais". Ainda de acordo com a publicação na internet, a corporação está em contato constante com a segurança do consórcio.
Messina informou, à noite, que convidou o major Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar, para visitar as estações do BRT nesta quarta-feira. Eles serão acompanhados pelo diretor de operações do consórcio.
— Os relatos trazidos pelo diretor de operações do BRT na reunião que aconteceu nesta terça-feira à tarde informam que essas cinco estações estão tomadas pelo tráfico, com cavaletes montados para venda de drogas e ameaças aos funcionários do serviço. O major Blaz me afirmou que essa situação não existe. Para acabar com essa conversa, vou até as estações acompanhado do major Blaz e do diretor de operações do BRT para ver o que tem e o que não tem — disse o secretário.
VANDALISMO EM MADUREIRA
Diante de todas as dificuldades para colocar a frota em circulação por falta de combustível, o sistema BRT foi alvo de criminosos na noite desta segunda-feira que, além de tentar roubar, vandalizaram a Estação Madureira Manaceia, do corredor Transcarioca. Com pedaços de granito, os ladrões quebraram o vidro da bilheteria da estação para tentar roubar o computador.
O sistema BRT foi bastante afetado pela greve dos caminhoneiros e chegou a interromper a circulação dos três corredores na madrugada de sábado. No início desta tarde, o BRT informou que o sistema saiu do plano de contingência para a operação normal, com exceção do trecho afetado pela falta de segurança. A partir das 14h, voltou a funcionar os serviços do trecho entre Madureira e Fundão. Depois das 16h, teve início a operação do articulados que atendem a estação Galeão.


quarta-feira, 9 de maio de 2018

BRT perde a roda e acidente causa pânico na Zona Oeste

Caso aconteceu na noite desta terça-feira. Até o momento, não há registro de feridos



Acidente aconteceu com ônibus da linha 15 (Paciência - Recreio)

Acidente aconteceu com ônibus da linha 15 (Paciência - Recreio) - 
Rio - Um ônibus articulado do BRT TransOeste  da linha 15 (Paciência - Recreio) perdeu a roda, na noite desta terça-feira, e deixou passageiros em pânico na Zona Oeste. O acidente aconteceu próximo à estação Embrapa, na Avenida Dom Joao VI. Segundo os usuários, o veículo estava em mal estado de conservação. Até o momento não há o registro de feridos.
Em relato enviado ao Whatsapp do DIA (98762-824), o passageiro Bruno Armstrong descreveu o momento do acidente. "Peguei o ônibus na estação Salvador Allende e um pouco depois o pneu estourou e a roda saiu. O eixo arrastou no asfalto, o motorista abriu a porta e todos se jogaram na grama e gritavam. Foi desesperador", disse.
Ainda segundo o passageiro, a falta de manutenção nos veículos da linha é visível. "O consórcio e as empresas do BRT dizem que é culpa dos usuários, mas muitas coisas são falta de manutenção da empresa. Um pneu sair da roda não pode ser culpa da população. Isso poderia ser muito grave", finalizou Bruno.
"Todos os ônibus da linha 15 estão em péssimas condições, são uma bomba relógio. O ônibus estava fazendo um barulho estranho, estava superlotado, logo após o túnel a roda soltou e causou desespero total", relatou Igor Melo, que também estava no veículo.
Procurado pelo DIA, o Consórcio do BRT confirmou o acidente e ressaltou que a situação é crítica nos corredores de transporte. "A roda de um articulado do BRT se soltou na noite de hoje, perto da estação Ctex. Os passageiros foram transferidos para outro articulado e o carro levado para reparo. Importante ressaltar que a situação é crítica nos corredores Transoeste e Transcarioca. Os buracos nas pistas comprometem equipamentos e mecânica dos articulados. Vale lembrar que a responsabilidade pela conservação da pavimentação na calha é da Prefeitura e que já enviamos diversos ofícios ao órgão gestor solicitando providências", informou a empresa, em nota.
*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Linha que deveria ter 27 ônibus circula com apenas um na Zona Oeste do Rio

Leandro Silva já recorreu ao MP duas vezes para pedir a regularização da 366 (antiga S-14) e 398

Na sexta-feira passada, a estudante de Direito Dominique da Costa Souza, de 19 anos, chegou no ponto final do 366, antigo S-14 (Campo Grande-Tiradentes), às 15h30, mas só conseguiu embarcar no ônibus que a levaria para a faculdade, na Lapa, no Centro do Rio, às 17h20. Para não chegar atrasada no trabalho, onde pega às 14h20, a atendente de telemarketing Roseane Cristina Vieira, de 22 anos, usuária do 398, que faz o mesmo trajeto, sai de casa todos os dias com pelo menos três horas de antecedência. Esse é o tempo médio de espera nas paradas, desde que empresa retirou a maioria dos veículos das ruas, segundo as queixas dos usuários.
Despachantes confirmaram que nesta segunda-feira estava circulando apenas um ônibus da 366 e três da 398. Uma consulta pela internet ao sistema de dados abertos da prefeitura, que utiliza informações do GPS dos veículos, comprova o que disseram os rodoviários.Uma planilha atualizada em fevereiro e disponibiliza no site da prefeitura aponta que a frota determinada para a primeira linha é de 27 veículos e da segunda, de 16 carros. Mas não é isso que se encontra nas ruas.
— A situação é pior à noite e nos fins semana, quando os ônibus somem por completo — reclama o operador de caixa Leandro Silva, de 34 anos, morador de Campo Grande.
O passageiro contou que o problema vem de longe, mas se agravou a partir do último dia 20. Cansado de esperar por uma solução, partindo da empresa ou da prefeitura, o rapaz entrou com duas ações na Justiça, por meio do Ministério Público. Em ambas ele pede a readequação da frota, a regularização dos horários e que as linhas sejam assumidas por outra empresa em condições de operá-la de maneira mais satisfatória para os usuários.
— É uma situação que me prejudica muito. Não dá nem tempo para estudar em casa, por que passo a maior parte do tempo na rua — se queixa a estudante Dominique que sai de casa por volta das 15h para não chegar atrasada na facukdade, como aconteceu ma sexta-feira.
Dominique da Costa amargou espera de quase três horas na sexta-feira
Dominique da Costa amargou espera de quase três horas na sexta-feira Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
A jovem que mora em Santa Cruz depende de duas conduções: uma até Campo Grande e outra de lá para o Centro. O trem seria uma boa opção, mas como ela é usuária do Bilhete Único Carioca Universitário só pode fazer as quatro viagens de ida e volta em ônibus municipal. A SuperVia suspendeu o benefício da integração com os trens em junho do ano passado, alegando concedia o desconto por “mera liberalidade”, já que não recebia subsídio para isso nem era obrigada pela Lei Municipal 5.211, que criou o BUC.
No Centro, o técnico de enfermagem Walmir Souza, de 58 anos, que trabalha no Hospital Souza Aguiar, já considerava a hipótese de pegar outra condução, após cerca de 40 minutos de espera pelo ônibus que o levaria de volta para casa, em Campo Grande. O vendedor Pedro Elói Gomes Tavares, de 69 anos, morador do Centro que ia à Zona Oeste visitar clientes pensava fazer o mesmo. No período em que o EXTRA esteve no local passaram pelo menos dois frescões, da mesma empresa, mas cuja tarifa é de R$ 14.
No ponto final de Campo Grande, onde o EXTRA permaneceu por cerca de uma hora, a situação não foi muito diferente. Nesse período chegou apenas um coletivo da 398, por volta das 11h40. Dessa vez Roseana deu sorte. Ela havia acabado de chegar, mas nem sempre é assim. Já na parada do 366, nem sinal do ônibus. A fila que começou com três pessoas — entre elas a estudante Dominique — não parava de crescer. Os primeiros a chegar, amargavam uma espera de quase uma hora.
— A linha já era problemática na época em que era de outra empresa e ainda se chamava S-14. Não era ruim, mas também não era tão boa. Mas com o tempo, a situação mudou. Passou a circular com poucos carros, intervalos longos e ônibus em mau estado de conservação. Depois dessa polêmica do não reajuste das passagens ficou pior. Os veículos começaram a sumir. Hoje, quem dependia da linha vai buscar outras opções, como o trem — exemplifica Leandro, que trabalha no Méier, e disse já ter ficado de 21h20 até quase uma hora da manhã do dia seguinte esperando no ponto pelo 366.
Ainda segundo Leandro, as linhas são importantes porque são as únicas de ligação do bairro com o Centro que passam pela Estrada do Mendanha (a 366) e Estrada da Posse (398). Estas linhas são também a opção mais rápida para chegar ao Centro, porque a maior parte do trajeto é feito pela Avenida Brasil, beneficiando ainda moradores de bairros que margeiam a via, como Vila Kennedy, Bangu e Realengo.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que o consórcio Santa Cruz, responsável pelas 366 e 398 já foi autuado 15 vezes, de janeiro até agora, por circular com frota estas linhas abaixo do determinado. Cada multa aplicada desta natureza é de 520 Ufir-Rj (cerca de R$ 1.700). Procurado, o Consórcio Santa Cruz respondeu apenas que as linhas 366 e 398 estão com operação comprometida e que "as empresas de ônibus enfrentam a maior crise já vista no setor."


Pontos das duas linhas vazios no Centro, onde placa na parada do 366 ainda é da antiga S-14


Fonte: https://extra.globo.com/noticias/rio/linha-que-deveria-ter-27-onibus-circula-com-apenas-um-na-zona-oeste-do-rio-22660837.html

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Funcionários de empresa de ônibus da Zona Norte entram em greve

Profissionais da Viação Rubanil pedem pagamento de salários atrasados, além de férias e 13º



Rio - Funcionários da empresa de ônibus Rubanil, que circulam na Zona Norte do Rio, entraram em greve na madrugada desta quinta-feira. Os trabalhadores da viação alegam diversos problemas, como atrasos no pagamento de salário, auxílio alimentação, férias e décimo-terceiros.
Em nota, a Rubanil, que além da viação de mesmo nome também integra as viações Transportes América e Madureira Candelária, confirmou que há uma paralisação parcial de seus funcionários e que as operações estão comprometidas.
Sobre as reivindicações dos trabalhadores, a empresa culpou o congelamento das tarifas como um dos problemas para os atrasos e ressaltou que "o setor de transporte por ônibus no Município do Rio enfrenta a maior crise de sua história".
Nas redes sociais, moradores da região onde os ônibus da empresa circulam demonstraram apoio a paralisação e ressaltaram a precariedade no serviço oferecido.
"Canso de ver B73(s) e B19(s) sucateados. Não tem mais pastilha de freio de tanto desgaste e nenhum manutenção. Quando o onibus freia,faz um barulho altÍssimo de metal com metal em atrito. Baratas a bordo, todo quebrado e sem ar. Não sei nem como que essa linha funciona", escreveu um usuário de uma das linhas.