Uma manifestação de estudantes e movimentos sociais pedindo a redução da tarifa de ônibus em Macapá interditou no fim da tarde e início da noite desta sexta-feira (25) o trecho da Avenida FAB que corta a Praça da Bandeira, no Centro da cidade. O protesto, com faixas, cartazes e gritos de ordem, criticou o aumento em 3 de setembro do valor da passagem de R$ 2,10 para R$ 2,75.
A Polícia Militar (PM) foi acionada ao local para conter um princípio de tumulto na via, que resultou em um acidente entre um ônibus e uma moto, mas sem feridos. Os militares informaram que o restante do movimento permaneceu pacífico e não houve registro de ocorrências graves, mesmo com alguns manifestantes alegando agressão por seguranças das empresas de ônibus, contratados para evitar danos aos veículos.
A estudante Karlion Syangh, de 27 anos, relatou que foi empurrada e teve o olho machucado durante o protesto.
"Eles chegaram batendo na gente e ameaçando com socos. Só não me acertaram porque um amigo me tirou de perto", disse a estudante.
No momento em que a reportagem do G1esteve no local, não havia mais nenhum segurança.
Sobre o aumento da passagem, Karlion conta que paga quatro passagens por dia para se deslocar de casa no bairro Novo Horizonte, na Zona Norte, até a faculdade onde estuda na Zona Sul. "Tenho que ir estudar. Quando vou falto morrer de tanto sufoco, com tanta gente dentro do ônibus, e ainda querem aumentar para um valor absurdo", reclamou.
De acordo com os organizadores, o movimento reuniu cerca de 50 pessoas, a PM não informou números. Os movimentos Brasil Livre e Geração de Valor assumiram a iniciativa do protesto.
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