domingo, 30 de novembro de 2014

Leilão da Busscar só arrecada 6,1 milhões

Bens estavam avaliados em 489 milhões. Apenas dois dos seis lotes foram vendidos.
Ônibus da Busscar. Uma das maiores encarroçadoras do país foi à falência e leilão foi considerado um fracasso. Foto: Adamo Bazani
Ônibus da Busscar. Uma das maiores encarroçadoras do país foi à falência e leilão foi considerado um fracasso. Foto: Adamo Bazani
Uma verdadeira decepção. Assim pode ser considerado o leilão dos ativos da encarroçadora de ônibus Busscar, que já foi uma das maiores do país e teve a falência decretada definitivamente neste ano pela Justiça.
Foram oferecidos seis lotes entre massa falida, maquinários, participações acionárias, imóveis, móveis, veículos e outras empresas do grupo.
Estes lotes somavam R$489.080.472,99 (quatrocentos e oitenta e nove milhões, oitenta mil, quatrocentos e setenta e dois reais e noventa e nove centavos).
No entanto, apenas dois dos seis lotes foram arrematados:
Lote 2 – Bens da Massa Falida da Climabuss Ltda (empresa de equipamentos de refrigeração para veículos), terreno, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios totalizando R$ 5.088.282,04 (cinco milhões, oitenta e oito mil, duzentos e oitenta e dois reais e quatro centavos). A oferta foi de 65% do valor avaliado, pouco mais de R$3 milhões.
Lote 5 – Participação Acionária da Massa falida da Busscar Ônibus S/A referente a Busscar da Colômbia, avaliado em R$1.088,112,01 (um milhão, oitenta e oito mil, cento e doze reais e um centavo). Foi arrematado por R$3 milhões.
A Justiça não divulgou oficialmente quem foram os compradores.
Para os outros lotes, incluindo o parque fabril e a própria Busscar Ônibus e a Tecnofibras, única empresa do grupo que está com a saúde financeira em dia, não houve propostas.
As dívidas da Busscar são de R$ 1,6 bilhão contando com compromissos trabalhistas, débitos com fornecedores, bancos e impostos atrasados.
A Justiça deve marcar mais um leilão para os lotes e ativos não arrematados.
Nos bastidores, o mercado de ônibus comenta que o desinteresse se deve a uma especulação de investidores que já pertencem ao setor de transportes para tentar diminuir os lances para os ativos da encarroçadora no próximo leilão ainda sem data definida.
No entanto, a situação do mercado, tanto dos fabricantes como dos operadores, a baixa atividade econômica do país e até contestações sobre os valores dos ativos também pesaram.

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