sábado, 20 de setembro de 2014

Empresas de ônibus que hoje operam o BRT também pagaram propina a PMs de Bangu


As empresas Algarve, Transporte Campo Grande e Pégaso, que atualmente compõem o consórcio Santa Cruz — que, entre outras funções, opera linhas alimentadoras do corredor expresso BRT Transoeste — também pagavam propina a policiais do 14º BPM (Bangu) para que seus ônibus urbanos “não fossem constantemente abordados”. A informação faz parte do relatório final da investigação da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança. Segundo o documento, cada empresa pagava pelo menos R$ 400 por semana aos policiais, totalizando no mínimo R$ 5 mil mensais.



Um inspetor de tráfego da Transporte Campo Grande contou, em depoimento, que ele mesmo era incumbido dos pagamentos. No documento, obtido pelo EXTRA, o funcionário revela que “a propina exigida pelos policiais era entregue, geralmente, em locais públicos fora da empresa, mas, algumas vezes, os policiais iam até a sede”. Ele acrescenta que os PMs “às vezes estavam fardados e em viaturas oficiais, mas também recolhiam propina sem farda e em veículos particulares”. Ao fim do depoimento, diz ainda que “não se sentia confortável para o encargo, mas não acreditava ter outra opção”.

Na casa do major Edson Góes, onde havia R$ 287 mil em espécie, também foram apreendidas planilhas que registram o pagamento feito por várias mototaxistas e operadores de transporte alternativo, como vans e kombis. Entre os nomes de localidades, consta o recebimento de R$ 1 mil mensais referentes à “397 rodoviária”. Uma das linhas em que atua a empresa Transporte Campo Grande é justamente a 397 (Campo Grande / Largo da Carioca, via Bangu). O major Edson se entregou à polícia nesta terça-feira.

Além das três empresas, pelo menos uma outra, que opera linhas intermunicipais que cruzam o bairro de Bangu, na Zona Oeste, também é citada pelo Ministério Público como tendo sido obrigada a pagar a propina. Procurada, o RioÔnibus afirmou que “não teve acesso à investigação conduzida pela Secretaria estadual de Segurança, mas reafirma que não aceita nem tolera práticas que podem ser consideradas ilícitas e em desacordo com a legislação

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/empresas-de-onibus-que-hoje-operam-brt-tambem-pagaram-propina-pms-de-bangu-13958870.html#ixzz3Drch3FPB

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