sábado, 13 de agosto de 2016

Mercedes Benz paralisa produção de caminhões e ônibus em São Bernardo do Campo

onibus
Vendas de ônibus da marca caíram 27,7%, seguindo tendência do mercado.
Suspensão é por tempo indeterminado. Empresa também mantém decisão sobre realização de demissões a partir de setembro
ADAMO BAZANI
A partir desta segunda-feira, 15 de agosto de 2016, a produção de ônibus e caminhões da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, será suspensa por tempo indeterminado.
A montadora alega excesso de veículos produzidos para baixa demanda devido à crise econômica que afeta a indústria automotiva, em especial de veículos de grande porte, desde 2014.
Quase todos os 9,8 mil trabalhadores da planta receberão licença remunerada. Apenas continuarão as atividades consideradas essenciais para segurança, limpeza e atendimento.
De acordo com a Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entre janeiro em julho deste ano, a Mercedes-Benz comercializou 8783 caminhões, queda de 23,3%, e 4098 ônibus queda de 27,7% em relação ao mesmo período de 2015.
A empresa também mantém a intenção de começar a demitir 1800 funcionários a partir de setembro, quando encerra o período de estabilidade garantido pela adesão da Mercedes e funcionários ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego, criado pelo governo Dilma Rousseff, e que se mostrou insuficiente no caso da fabricante de veículos pesados.
A Mercedes-Benz diz que possui o excedente de 2,5 trabalhadores.
Em fevereiro, foram colocados 1400 profissionais em licença remunerada.
No dia 1º de junho a empresa abriu um PDV – Programa de Demissões Voluntárias que durou até 25 de julho.
A fabricante tinha intenção de desligar em torno de 2,5 mil funcionários, no entanto, apenas 630 aderiram ao PDV.
Em carta enviada aos trabalhadores nesta sexta-feira, 12 de agosto, a Mercedes-Benz confirma que vai realizar as demissões.
“Na próxima semana informaremos a data de retorno de nossas atividades e individualmente a todos os envolvidos sobre o encerramento de seus contratos de trabalho”. – diz um dos trechos
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Digitação: Wilson Bazani

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