sábado, 14 de maio de 2016

Consórcio pode ser multado por falta de ônibus na Zona Oeste

Sem ônibus nas ruas, Wellington optou por andar de bicicleta
Sem ônibus nas ruas, Wellington optou por andar de bicicleta Foto: Fabiano Rocha / fabiano rocha
Pedro Zuazo
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O secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, atribuiu o fechamento da Viação Bangu, na quinta-feira, às exigências impostas pela prefeitura em contrato. Em entrevista ao “Bom Dia Rio”, ontem, Picciani reconheceu o problema de falta de ônibus na Zona Oeste, decorrente do fim da empresa que operava 23 linhas, e afirmou que a prefeitura já determinou um plano de contingência e pode multar o consórcio Santa Cruz caso o serviço não volte ao normal.
— Nós já temos um plano de contingência. Esperamos que, nos próximos dias, o consórcio seja capaz de regularizar o serviço e cumprir as frotas determinadas. Estaremos fiscalizando. Como é a nossa obrigação, estaremos autuando o consórcio no que for necessário, naquilo que ele não estiver cumprindo — prometeu Picciani.
Apesar de a prefeitura afirmar que as linhas operadas da Viação Bangu seriam supridas por ônibus de outras empresas do consórcio, o EXTRA ouviu reclamações em três pontos finais sobre a interrupção do serviço. No Coqueiro, em Santa Cruz, onde fica o ponto final do 395 (Coqueiro x Tiradentes), o ladrilheiro Wellington Nonato Pereira, de 60 anos, desistiu de ficar horas esperando o ônibus e apelou para uma bicicleta.
— É uma pouca vergonha. Os ônibus da Viação Bangu sempre foram ruins, mas era o que a gente tinha. Agora, não temos mais nada — desabafou Wellington.
A reclamação se repete nos pontos finais das linhas 379 (Catiri x Tiradentes) e 742 (Barata x Cascadura).
— Agora, nem sei como fazer para ir ao Centro. Os ônibus sumiram e a cabine onde ficavam os despachantes está vazia. Ninguém aparece para dar orientação — diz Cristina Maria de Mattos, de 42 anos.
Mais de 800 pessoas ficaram desempregadas com o fim da Viação Bangu. Ontem, motoristas foram à empresa cobrar informações sobre o salário, que deveria ter sido pago no dia 6, e a rescisão.


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