O secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, atribuiu o fechamento da Viação Bangu, na quinta-feira, às exigências impostas pela prefeitura em contrato. Em entrevista ao “Bom Dia Rio”, ontem, Picciani reconheceu o problema de falta de ônibus na Zona Oeste, decorrente do fim da empresa que operava 23 linhas, e afirmou que a prefeitura já determinou um plano de contingência e pode multar o consórcio Santa Cruz caso o serviço não volte ao normal.
— Nós já temos um plano de contingência. Esperamos que, nos próximos dias, o consórcio seja capaz de regularizar o serviço e cumprir as frotas determinadas. Estaremos fiscalizando. Como é a nossa obrigação, estaremos autuando o consórcio no que for necessário, naquilo que ele não estiver cumprindo — prometeu Picciani.
Apesar de a prefeitura afirmar que as linhas operadas da Viação Bangu seriam supridas por ônibus de outras empresas do consórcio, o EXTRA ouviu reclamações em três pontos finais sobre a interrupção do serviço. No Coqueiro, em Santa Cruz, onde fica o ponto final do 395 (Coqueiro x Tiradentes), o ladrilheiro Wellington Nonato Pereira, de 60 anos, desistiu de ficar horas esperando o ônibus e apelou para uma bicicleta.
— É uma pouca vergonha. Os ônibus da Viação Bangu sempre foram ruins, mas era o que a gente tinha. Agora, não temos mais nada — desabafou Wellington.
A reclamação se repete nos pontos finais das linhas 379 (Catiri x Tiradentes) e 742 (Barata x Cascadura).
— Agora, nem sei como fazer para ir ao Centro. Os ônibus sumiram e a cabine onde ficavam os despachantes está vazia. Ninguém aparece para dar orientação — diz Cristina Maria de Mattos, de 42 anos.
Mais de 800 pessoas ficaram desempregadas com o fim da Viação Bangu. Ontem, motoristas foram à empresa cobrar informações sobre o salário, que deveria ter sido pago no dia 6, e a rescisão.
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